Samba do acaso

Toda história tem um começo,

Ainda que muito anterior ao que importa.

Às vezes no samba que se desenrola,

Às vezes no caminhar, no tropeço.

Uma bola correu a calçada,

Ninguém viu nenhum movimento.

Todos olhos na dançarina, em seu momento,

Que dançava toda, noite enluarada.

A cada bater do bumbo retumbante

Era um suspiro de um novo amante.

Bocas abertas, mentes tocadas.

Foi um chute de um menino distante,

Silenciando o samba num instante,

Caiu a loira, cerveja derramada.

Rafael Fermiano
Enviado por Rafael Fermiano em 06/06/2024
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