Alma fúnebre
Minha alma é como a pedra funerária...
fria e já com algumas rachaduras,
do mau tempo que cai em desventuras,
e na face da morte, solitária!
Sobre mim, a tristeza involuntária,
como as sombras nas noites mais escuras...
ecoam em meu ser as amarguras,
como um sino em capela mortuária.
Em meu peito, um vazio desolado,
como um campo de guerra abandonado,
onde a esperança jaz sem ter lugar...
E assim, constantemente, me desfaço,
tendo a fúnebre alma num estilhaço,
e na pedra, o meu nome a se apagar.