NO CASARÃO DA LINS CALDAS

Quando o carro parou, ali, defronte

ao casarão, desci, fiquei olhando...

Na mente, um filme, vi todo o desmonte

do que eu pensava ser a vida. E quando

fui, receoso, ao casarão entrando,

vi uma rampa, como se uma ponte

diante dos meus pés fosse, ali, baixando,

e sobre ela marchei de erguida fronte.

E então no umbroso porão do edifício,

ao fim da rampa: luta e sacrifício...

Por anos fiz dali minha morada!

Anos noventa: a Casa do Estudante...

Natal... Vestibular... época inconstante,

a vida por fazer... a longa estrada...

*OBSERVAÇÃO: Para entender melhor esse soneto, leia também:

*PARTINDO

*FLASHBACK

*CHEGANDO À CASA DO ESTUDANTE

Claudeciano Ferreira
Enviado por Claudeciano Ferreira em 03/06/2024
Reeditado em 03/06/2024
Código do texto: T8077648
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