NO CASARÃO DA LINS CALDAS
Quando o carro parou, ali, defronte
ao casarão, desci, fiquei olhando...
Na mente, um filme, vi todo o desmonte
do que eu pensava ser a vida. E quando
fui, receoso, ao casarão entrando,
vi uma rampa, como se uma ponte
diante dos meus pés fosse, ali, baixando,
e sobre ela marchei de erguida fronte.
E então no umbroso porão do edifício,
ao fim da rampa: luta e sacrifício...
Por anos fiz dali minha morada!
Anos noventa: a Casa do Estudante...
Natal... Vestibular... época inconstante,
a vida por fazer... a longa estrada...
*OBSERVAÇÃO: Para entender melhor esse soneto, leia também:
*PARTINDO
*FLASHBACK
*CHEGANDO À CASA DO ESTUDANTE