FLASHBACK
Eu ainda trago vivo na lembrança:
Era domingo... o sol, que aclara tudo,
naquela tarde vagarosa e mansa,
escondeu-se entre as nuvens, quieto e mudo.
E coisas com que, hoje, ainda me iludo:
sonhos, futuro, tempos de bonança,
levei na mala e n’alma, sobretudo...
No ar soprava um vento de mudança.
Longe de casa... o banzo, o Casarão,
o mundo, alheio, me dizendo o quão
a vida é dura e o tempo é inclemente.
Trinta de março de noventa e sete...
Aquela tarde ‘inda hoje se repete,
num filme, em flashback, em minha mente.
*OBSERVAÇÃO: Para entender melhor esse soneto, leia também:
*PARTINDO
*NO CASARÃO DA LINS CALDAS
*CHEGANDO À CASA DO ESTUDANTE