DEPOIS DE CERTO TEMPO QUE PARTISTE
Depois de certo tempo que partiste,
até o jardim ficou desolador...
Talvez um ramo esquálido se aviste
a pôr na tarde estranha alguma flor.
Depois de certo tempo… como é triste
o vento solitário, sondador!
Que toque melancólico que existe
agora, em seu nostálgico rumor...
Pois, nem a primavera perfumosa
é mais a mesma, após caída a rosa
acarinhada nos momentos teus,
nem são os mesmos ares, quando saio.
Apenas o poente lança um raio
como se fosse ainda o teu adeus…