Tantas histórias
Estou preso nessas histórias, tantas histórias,
como os marinheiros presos em alto mar,
entre tormentas transbordantes e saudades.
Como os pássaros, em gaiolas, com seus cantos.
Essas histórias de abandono, ausência e perplexidade,
em arfantes desejos e aflitos arrebatamentos de tristeza.
Contaminado por minhas angústias, por meus conflitos,
deixo-me navegar entre cicatrizes e contingências...
Fraturas fatigam meus sentidos nessa vida fugaz.
Sentimentos dispersivos com o tempo, nessas formas de amar,
entre fantasmas, impregnando-me de desassossegos.
Histórias se repetem entre mazelas e mistérios nessa vida.
Nutro esperanças nesses dias de reflexões e silêncios brandos.
Resigno-me a este tempo que me toca, sem tristeza e amargura.