NA PRESSA DE AMAR...
E, na pressa de amar se esquece
De dizer de que se ama, em tese,
Desde o amanhâ que amanhece,
Até à tarde pois que entardece,
E se continua durante à noite,
Que logo sutilmente anoitece,
Eos ventos mostram açoites,
Dóem em quem os enfrente...
E, nesse esquecer tal de se dizer
Ao alguém que se queira querer,
Que lhe amar é o ponto mais alto
Por ser sim enfim conquistado,
Para que se saiba, deva parecer
De que se ama e se ama pra valer...