TARDE DEMAIS...
Chegaste tão tarde, ó meu senhor!
Num silêncio soturno das minhas noites
Já meus dias sem nenhum calor
Só silêncios, em volta, como açoites...
Chegaste, silente ó meu senhor
Depois de tantas amarguras
Meu jardim já sem nenhuma flor
Meu vaso cansado, só ranhuras..!
A boca da noite a me beijar
Em um beijo frio de morte
Me diz que eu já não posso sonhar !
A hora avançou nos ponteiros
Chegaste mui tarde, meu senhor!.
Acabou o gás dos candeeiros.!