Soneto à Minha Alma
Em tudo louvai a Deus, eternamente
Louvando ainda bem mais do que puderes:
Louvai quando quiser. Se não quiseres
Renegue-se, louvando ainda igualmente.
Louvai, portanto, em todos os viveres:
Enquanto alegre, louve alegremente
E, quando triste, embora triste, a mente
Não deixe de pensar nos afazeres
De Seu louvor! Porque, mesmo louvando
Com toda a força e pela eternidade,
Estás louvor efêmero logrando,
Pois, por louvar ao Deus da Majestade
Que deu-nos Vida, à morte Se entregando…
O esforço não concebe a humanidade.