O RECANTO 

 

Sob os arcos do céu, nalgum lugar

onde o sol ilumina, ao se esconder,

há uma porta pequena, secular,

com a chave antiquíssima a pender.

 

O ambiente por dentro, feito lar,

tem orquídeas num vaso a florescer,

as cortinas abertas ao luar...

Tudo chama a um sublime recolher.

 

O lugar é de paz e nostalgia.

Qualquer alma em lamentos silencia.

O endereço: um poema angelical.

 

É o lugar que procuram, os errantes,

solitários, tristonhos caminhantes.

E os meus passos também, até o final.