Passo passarinho
Nesta ciranda desta vida posta,
Em vão procuro pelo meu caminho.
Vou tateando, buscando resposta,
Sem encontrá-la eu sigo sozinho.
Sinto a solidão, quase decomposta,
Sou como um filhote fora do ninho.
Uma avezinha ainda indisposta,
Que passará seu passo, passarinho.
Ai quem me dera ter asas para voar
Na imensidão desse azul, céu infinito,
Com forças para que eu possa gritar
Esse meu sufocado e estranho grito,
Que irrompa meu eu para me libertar
Deste meu sentimento tão estrito.
Recife, 30 de maio de 2024