MINHA NOITE DE ESPERA
Espero-te na noite em solidão.
O parque rumoreja, tedioso.
Os vaga-lumes lembram, no ar cheiroso,
estrelas a dançar na escuridão.
As folhas secas caem sobre o chão.
Medita o lampadeiro penumbroso.
O céu enluarado, vagaroso,
desfila com imagens que se vão.
Uma sombra adiante se retrata…
Acentuada num clarão de prata,
é feito uma sublime fantasia.
E ouço, de forma pura, singular,
tua voz delicada me chamar.
E a lua nos recorta em poesia.