MIGALHAS DE FELICIDADE

Sou, tão-só, colecionador de sonhos,
Quase um fanático em devaneios, que,
Sensível ao enlevo e lírios risonhos,
Conversa com estrelas e as pode mover

Como menestrel sem porto, distraído,
me encanto com a borboleta a voejar
nos jardins, quedo, perplexo e iludido,
com as luzinhas dos pirilampos no ar

Sou daqueles ingênuos a paquerar a lua
Em noites tristonhas e madrugadas nuas,
No ombro o violão, ao lado a saudade

Os meus sonhos, destarte, não são factíveis
- Pequenas e meras ilusões impossíveis -
Mas trazem migalhas de felicidade

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 07/01/2008
Reeditado em 08/07/2008
Código do texto: T807433
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