XAVECO

XAVECO

Enquanto te improviso galanteios,

Talvez tu me sugiras maravilhas:

Reparo os ombros nus feito armadilhas,

Chamando-me ao decote dos teus seios.

Belos fins justifiquem parvos meios,

No afã de desbravar-se novas trilhas!

Teus lábios recendiam a baunilhas,

Embora m’evitassem com rodeios…

Perto demais, vagueio que nem preá

Em face da serpente sibilante,

Que me avança e recua a todo instante.

Ignoro o que fora ou que será.

Mais do que convencer-te ou qualquer plano

Celebro desde já o encontro humano.

Betim - 28 05 2024