Mãos
Mãos de um bálsamo efervescente,
Por onde transpira o desejo,
Alicerce da trama de um beijo,
Mãos cálidas que o corpo sente.
Mãos que, com paixão, conduzem a alma,
Na complacência afável do amor,
Mãos que abrandam com ternura a dor,
Que o soluço da aflição acalma.
Que acenam amarga despedida,
De quem parte às lágrimas do adeus,
Mãos que a letra escreve aos seus,
Secando a lágrima ao amor cedida,
Mãos que plantam, que criam, que amam,
Que rogam e que também enganam.