Processo árduo
Na pressa, a busca da perfeição,
Palavras agitadas, dedos em ação.
Expresso cada pensamento, murmúrio,
Neste universo de fatos e boatos, meu calvário.
Sou aquela que, em busca de voz e arte,
Na agonia de moldar a língua, parte.
Em noites solitárias, sem noção do tempo,
Busco as palavras, em vão, meu lamento.
Diferente do poeta que busca isolamento,
No turbilhão da vida, sigo meu tormento.
Luto por uma frase, uma ideia certeira,
Sem saber se será lida, se me é ligeira.
Desabafo diante da página branca e vazia,
Resgatando o fascínio e da vida a magia.