INTERATIVO...
Dou-te todas as vezes que silenciei sem motivo,
Posto fosse a única maneira de expressar o uivo,
Do amor unilateral deverás mais que expressivo,
Pois se expressava pelo olhar meigo e apreensivo.
Dou-te todas as noites de pesadelos impulsivos,
Das quais acordar foram atos vis intempestivos,
Caracterizados pelo clamor, pulsar jaz repulsivo,
Numa ressaca emocional de um ébrio emotivo.
Em claros erros por ser mero repetir indutivo,
Em brigas com a razão mas sem o ser dedutivo,
Perde-me no ar e cansar sem o ser resolutivo.
E graças enfim deixei de ser o ser repetitivo,
Qual a boca que cansa daquele res aperitivo,
Sanando o amor com um ser igual, iterativo.