ENTRE OS GALHOS DO ALECRIM
No esverdeado tom do meu jardim...
A chuva em seu cadente descompasso
Espalha forte aroma em todo espaço
De flores, com perfume de jasmim
Em tênue rede, espécie de cetim
A borboleta cai de um voo lasso
A teia já recolhe seu cansaço
Por entre os galhos verdes do alecrim
Na gota d'agua, espelho cor de neve
Fugaz imagem célere descerra
Após olhar-me, rola de tão leve...
Percebo então que toda vida encerra
Uma mensagem clara, mas tão breve
Que acaba sempre, em triste odor de terra!
Yeyé
Imagem- Google