Transpiração

No efêmero momento em que arde o dia,

o sol estende os raios sobre o vale,

mescla de azul e de ouro a aragem fria

e a bela vista a um templo se equivale.

Cobre a montanha, em rútila magia,

a luz do sol (parece um flavo xale).

A minha gratidão então se afia

e insto que o sol em mim também resvale.

No efêmero momento, neste templo,

derramo a minha prece e assim contemplo,

de Deus, as obras lídimas e santas.

Inclino-me, com plácido suspiro...

quando esperanças vivas eu transpiro,

sequer me afetam minhas dores tantas!

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 27/05/2024
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