“INDECENTE”

Após o acme, consigo vinha a vergonha?

Ou sem vergonha voltava ao nosso leito?

Consumida pela luxúria, corpo satisfeito

Por outro corpo… Cínica, cheia de ronha

Se vira, se cobre, dorme… O que sonha?

Será que aproveitou se dando ao proveito

De quem se aproveitou a torto e a direito?

Querendo, de você ele ouvia, disponha?

A crença depositada em um amor devoto,

A sua vil aleivosia quebrou voto por voto,

Desfez os planos, os encantos… Sonho...

Selado por um amor que era meu e seu!

Você enodoou esse amor quando se deu

Ignobilmente a um curto prazer demonho.

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 26/05/2024
Código do texto: T8072050
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