MANHÃS DE OUTRORA

Coisas banais já foram o meu tesouro

e tudo tinha um tom de eternidade,

quando o sol era bem mais duradouro

e quando a vida era luz e claridade.

As manhãs, lá, chegavam mansamente

e ficavam sem pressas de ir embora,

não eram como as manhãs, essas de agora,

que chegam e se vão rapidamente.

Eu sei que o tempo não mudou, apenas

circunstâncias da vida é que mudaram

e eu me deixei levar por esse trilho.

A vida, o vil metal, coisas terrenas,

dos caminhos do sol me desviaram

e o encanto das manhãs perdera o brilho.

Claudeciano Ferreira
Enviado por Claudeciano Ferreira em 24/05/2024
Código do texto: T8070546
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