Por Que Amar-te
Amo-te por amar, tão simplesmente,
De um modo tão sincero e natural
Que, perguntando-me a razão por tal,
Resposta não direi naturalmente.
Bem como o sal das rochas ama o mar
Ou como as plantações amam seu solo
Amo-te assim: de amor simples e tolo
E impossível de se justificar.
Enfim, por sustentar tamanho amor
De abraços e de beijos, mal preciso…
E nem de partilhar, contigo, a dor.
Jurar-te posso pelo chão que piso:
O combustível deste audaz fulgor
É só tua existência e teu sorriso.