ABSTRAÇÃO

Manhã de sábado, vinte e um de maio

de Vinte e dois. Às sete e vinte e nove…

No horizonte nem sequer um raio

de sol desponta.. Meu Deus, como chove!

No rádio, uma canção dizendo Love…

Pensando em ti, do mundo me abstraio,

numa lembrança que me dói… comove...

Está tão frio… Do quarto não saio.

Por um instante, volto a mim… Esqueço…

O pensamento se esvai... me aqueço...

E fico olhando a chuva que não passa.

E por despeito, a chuva, ou de pirraça,

desenha o rosto dela na vidraça

e a dor volta a doer tal no começo.

Claudeciano Ferreira
Enviado por Claudeciano Ferreira em 23/05/2024
Código do texto: T8069721
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