ROSA 60 POETA E AMANTE
Às vezes, imagino você abrindo a porta
E, sem meias palavras, me convidando
Para acabar com a tua solidão, me beijando
E, nisso, já tirando a roupa, abrindo as comportas
Se é adultério ou fornicação, não importa
O impulso selvagem vai dominando
E o monte de vênus se pulsando
Enquanto a mangueira rega a horta
Eu, sedento, para transformar tuas águas amargas em mel
E, depois de derrotar teus fantasmas,
Ter no libido das tuas curvas meu troféu
E me banhar no teu doce suor, néctar do céu
E, se me entregares tuas armas,
Serei teu poeta e amante mais fiel.