O AMOR QUE TANTO PROCUREI
Eu sou quem erra na tépida estrada
À procura de um bem que não existe.
Assim, os lábios murchos, o olhar triste
Do que a vida passou sem fazer nada.
Não dei-te os versos que fiz a ti, Amada!
Nem desfrutei do amor que inda persiste
Cá dentro, latejando, o peito em riste,
- Rosa morta na longa madrugada!
Por isso é pouco o que te ofereço:
As flores que brotaram no caminho
Os prantos que verti por onde andei...
E se me queres dar (ah! não mereço!)
Dá-me a serena paz de teu carinho,
Dá-me esse amor que tanto procurei.
Gurupá, Pará, Brasil, 17 de setembro de 2012.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas
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