Soneto de Amor na Guerra

Amo-te tanto, oh, pérfida inimiga…

Amor tanto não negue a inimizade;

Amo-te com brutal sinceridade –

Amo-te muito, e muito além da intriga!

Amo de amor simplório e sem vaidade

Que amar ainda consegue em plena briga

E, na feição feroz, vê face amiga

E, a quem lhe trai, demonstra lealdade!

Amo-te, enfim, de um claro amor constante

Qual força soberana – incontestado

E que atravessa Infernos feito um Dante…

E mesmo em face do conflito armado,

Deste amor mesmo seja que, não obstante,

Amar-te eu possa, em teu sangue banhado.

Pedro Debreix
Enviado por Pedro Debreix em 22/05/2024
Reeditado em 22/05/2024
Código do texto: T8068888
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