UM QUÊ DE NÃO SEI QUE
O tempo, de repente, faz-se plúvio
no céu do meu olhar… U'a tempestade
cai… A minh 'alma, toda, de saudade
Inunda, feito a Terra no dilúvio.
E no meu coração, logo, um vesúvio
de sentimentos… Oh! meu Deus, quem há de
fugir dessa prisão sem muro ou grade,
Esse não sei quê, em mim, esgúvio?
Tardes chuvosas... Sempre fico assim:
preso em mim mesmo, inundado em muitas
indefiníveis sensações em mim,
que se materializam por instantes,
mas quando as toco, se dissipam, juntas,
como nuvens no céu, esvoaçantes...