QUANDO SE SABE QUE É AMOR...
Vem uma humildade nunca sentida,
Qual adereço recheado e sem sabor,
Enorme cratera antes desconhecida,
Que nos apavora por não saber a cor.
Palavras desconexas, nada comedidas,
Tantas a provocar um estranho rubor,
Atormentando, medo, pele advertida,
Temendo mesmo antes de sentir a dor.
O forte se despoja da vida aguerrida,
Observa em volta singela margarida,
Perdendo o dom da esquiva onde for.
Seus passos agora a nada se destina,
Os olhos apenas cristalizam na retina,
Lágrimas de um medo que vive a supor.