QUANDO SE SABE QUE É AMOR...

Vem uma humildade nunca sentida,

Qual adereço recheado e sem sabor,

Enorme cratera antes desconhecida,

Que nos apavora por não saber a cor.

Palavras desconexas, nada comedidas,

Tantas a provocar um estranho rubor,

Atormentando, medo, pele advertida,

Temendo mesmo antes de sentir a dor.

O forte se despoja da vida aguerrida,

Observa em volta singela margarida,

Perdendo o dom da esquiva onde for.

Seus passos agora a nada se destina,

Os olhos apenas cristalizam na retina,

Lágrimas de um medo que vive a supor.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 21/05/2024
Código do texto: T8067769
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