Cúmplice
Se quero amor, sem esforço, tenho;
Se quero alegria, sempre me dá;
Se preciso for, dá-me o próprio ar;
Pra meu deleite, sempre há empenho.
És rosto negro que, a fio, desenho;
És conforto sem fim: o melhor que há!
És graça, és valor, és pureza, e, quiçá,
Melhor figura com a qual resenho.
És primata que tenho e não temo;
És canoa que navego sem remo;
És o nome que escrevo na lousa:
Nome comum de alma singular,
Gabriel é fácil de se encontrar.
Mas nenhum tem a pureza de Souza!
Obs: soneto dedicado ao meu imenso amigo Gabriel Souza.