Escravo do Destino
Nesta fila interminável da morte,
Onde se encontra todo pecador,
Como nós achamos que nascer é sorte,
Se nela há menos prazer do que dor?
Somos filhos da vontade do destino,
Girando a beira de um abismo profundo,
Numa viagem sem rumo, um clandestino,
Um escravo do tempero deste mundo.
Nada aqui trouxemos e nada levamos,
Tudo que acumulamos são sentimentos,
Desejos por ter; ânsia por quem lutamos.
E no final, tudo que temos, deixamos,
Amores, desafios e ressentimentos,
E quando tudo é findo, lamentamos.