SONETO DE DESPEDIDA
É a vida, doce canção ao violino
Que o músico terno afaga num abraço.
Das cordas do instrumento só sai um hino
Se o músico conduz sua alma pelo braço.
Assim é cada ser e aquele que ama:
Instrumento e tocador em simbiose,
Quando em dois seres o amor logo emana
Em perfeição de sintonia por osmose.
Mas chega o tempo que é impossível prosseguir
Os dois juntos a compor doce canção:
O músico tem que partir; deixa o violino.
Só peço a Deus pra em sua vida intervir
E que outro músico em ti não ponha a mão
Pra não haver descompasso ou desafino.