SONETO EM PRANTO

O amor que eu cantei ardentemente

Em uma saudade agora o improviso

Pois arranca-lo da poética foi preciso

Para não recuar, fiz-te contundente

Na sensação o sentido tão pendente

Nos versos, inconveniente, indeciso

Fazendo desta emoção algo preciso

Deixando na prosa suspiros somente

E peno. Restrito sinto toda a carência

Não há mais a trova que amava tanto

Zanzo. Um andante na sobrevivência

Assim, padece o meu amoroso canto

Em lágrimas um versar em sofrência

E, para chorá-lo o soneto em pranto.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

16 maio, 2024, 19’37” – Araguari, MG

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Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 17/05/2024
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