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Quando leva o rio embora

As dores e os prédios todos juntos,

Ele também é vítima dos fortuitos

Das lágrimas e tristeza dessa hora.

E onde passa e se demora

Arrastando tudo e muitos

Ele, o rio, sem intuitos,

Carrega os mortos de onde mora.

Que culpas ele tem se agora

Virou do mar o desemboque

E todo seu caminho desarvora.

E no leito onde a vida se deflora

Ele jamais saberá porque

derrama tanta água e não chora!

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Paulo Roberto Benedito
Enviado por Paulo Roberto Benedito em 10/05/2024
Reeditado em 11/05/2024
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