Insone
Meu sono escapoliu pela janela,
Levando um sonho bom inacabado:
Eu era um colibri apaixonado
Pela Rosa, de todas, a mais bela.
Uma beleza pura e tão singela,
Como o riso sutil da Monalisa;
O som do uirapuru quando harmoniza
E põe o pôr do sol de sentinela.
A madrugada arromba a cortina
E me projeta a lua, pequenina,
Por uma fenda aberta na vidraça.
O sono dá adeus à madrugada,
Enquanto a lua fica acordada,
E lenta ,e calmamente, a vida passa.