DEIXEM VIR AS DORES!

Deixem que venham todas as dores!

Numa urna de bronze esse estranho mal

Poentes de nácar são como as flores

Em trêmulas hastes de uma luz irreal!

Deixem que venham todos os sonhos!

Nos teus olhos de ouro – o meu solar...!

Nos teus palácios pobres e tristonhos...

Os meus brilhantes são contas a chorar!

Em fogueiras de cinzas deito o fulgor

Nas horas divinais do nosso amor

Nobres cortejos de gestos recolhidos;

Nesse Sacrário de Almas penitentes

O encontro triste das paixões ardentes

Alteia e doira o meu olhar perdido!

Oliveira Vilma
Enviado por Oliveira Vilma em 09/05/2024
Código do texto: T8059787
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