Resistência

Em que estranha escura esquina do meu ego,

Fui parar depois de um tempo tão brilhante?

Só há a memória vaga do que agora vai distante,

E o orgulho de gritar "eu não me entrego!"

Tomado de indignação por tudo o que é injusto,

Atesto aos jovens, ninguém é feito de aço,

Na órbita da sanidade, avalio o custo,

Ainda assim me renovo, é o que faço.

Ninguém é só vitória, a vida é mutação constante,

O que dói é ver só falta de consciência,

A juventude desatrelada de sua essência.

Mas está a chegar o tempo de novo levante,

E os inconformados derrubarão a excrescência,

Onde houver a tirania, serei sempre resistência!