“FALSETA”
Para quem eu tinha como toda pia
E ela dizia sempre que me amava.
À socapa com outro se encontrava
E, se não me amasse, o que faria?
Eu te amo, era a oração que orava!
Eu te quero! Eu era o que ela queria?
Fala mendaz. Levando as taras lá ia
Ela às taras que o outro lhe carcava.
Ele com aperto de mão, larga risada,
É cordeiro falso, lobo por camarada.
E ela ao meu lado aviltante, fingida,
Cúmplice, parceira, da vil baldroca
E eu era o lerdo… Desse troca troca:
Se eu não estava, ela dele era tida.