SONETO 11 ROSA 1
Vou chamar meus sonetos de rosas,
Pois estão cravejados de espinhos.
São dores que adquiri pelo caminho,
Memórias de vida, um tanto dolorosas.
Ventos sombrios tornaram assombrosas
As fagulhas de estrelas em carinhos.
Monstros pervertidos em anjinhos,
Não sou pernóstico, nem prosa.
Velhas canções trazem lembranças,
De um passado que nunca passou.
Imateriais são múltiplas heranças.
Freudiano, é o quebra-cabeça que sou,
Deuses e demônios têm a mesma carranca,
Nas paredes sombrias, estou preso em mil trancas.