Astronomia

Meu olhar a tua direção sempre cai

E sempre fico assim estupefato,

É gravidade ou magnetismo que atrai,

Acaso tens nos olhos um grande astro?

Sina dos meus olhos é ser satélites

Que orbitam em torno dos sóis castanhos.

Girando sedentos, quase como hélices,

Causam eclipses dos mais estranhos.

Nunca pude entender bem a astronomia,

Nunca perscrutei mistérios do espaço,

Quanto a tudo isso fui um pouco alheio.

Mas algo me ensinou, essa agonia,

O céu da minha alma, triste regaço,

Contemplando teus olhos ‘tá mais cheio.