O nó de Aristóteles
O nó que a vida deu no ser humano,
Ninguém sabe dizer como foi feito.
Mas, com certeza, foi o nó perfeito,
Que enlançou o grego ao troiano.
O nó que Deus aperta em nosso peito,
Pra acalmar a fera, que há em nós,
E afrouxar a corda doutros nós,
E refazer os noses com defeito.
O nó que niguém pode desatar,
Qualquer que seja a hora e o lugar,
A não ser que O Criador dê uma mão.
O nó que às vezes fecha a garganta,
Seja de um mundano ou duma santa,
Seja de Aristóteles, ou não.