Infeliz gente podre que se arrasta
No alvorecer do milênio terceiro!
Pervertido poder que, galhofeiro,
Na desgraça alheia pisa e repasta!
Tripé desnaturado e rapineiro
A servir tão somente sua casta!
Gládio vil que na pujança nefasta
Não poupa o pobre e infeliz caminheiro!
De que esgotos sobem, assim, aos bandos,
Com seus discursos imorais, nefandos,
A iludir o sofrido poviléu?
Vêm certamente de ignoto averno,
E achando que o poder é sempiterno
Dos umbrais da vida fazem seu céu!