Infeliz gente podre que se arrasta

No alvorecer do milênio terceiro!

Pervertido poder que, galhofeiro,

Na desgraça alheia pisa e repasta!

 

Tripé desnaturado e rapineiro

A servir tão somente sua casta!

Gládio vil que na pujança nefasta

Não poupa o pobre e infeliz caminheiro!

 

De que esgotos sobem, assim, aos bandos,

Com seus discursos imorais, nefandos,

A iludir o sofrido poviléu?

 

Vêm certamente de ignoto averno,

E achando que o poder é sempiterno

Dos umbrais da vida fazem seu céu!

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 29/04/2024
Código do texto: T8052350
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