TRILHA DE SONETOS CXXXIV - DIÁLOGO COM A CANÇÃO "DEIXA A VIDA ME LEVAR"
*DEIXA A VIDA ME LEVAR*
Eu já passei por quase tudo nessa vida
Em matéria de guarida
Espero ainda a minha vez
Confesso que sou de origem pobre
Mas meu coração é nobre
Foi assim que Deus me fez
E deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu
Só posso levantar as mãos pro céu
Agradecer e ser fiel
Ao destino que Deus me deu
Se não tenho tudo que preciso
Com o que tenho, vivo
De mansinho lá vou eu
Se a coisa não sai do jeito que eu quero
Também não me desespero
O negócio é deixar rolar
E aos trancos e barrancos lá vou eu
E sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu
Eu já passei por quase tudo nessa vida
Em matéria de guarida
Espero ainda a minha vez
Confesso que sou de origem pobre
Mas meu coração é nobre
Foi assim que Deus me fez
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu
Só posso levantar as mãos pro céu
Agradecer e ser fiel
Ao destino que Deus me deu
Se não tenho tudo que preciso
Com o que tenho, vivo
De mansinho lá vou eu
Se a coisa não sai do jeito que eu quero
Também não me desespero
O negócio é deixar rolar
E aos trancos e barrancos lá vou eu
E sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu (bem bonito)
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva, vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu
Deixa a vida me levar
Ô vida, leva! (Vida leva eu)
Vida, leva eu! (Deixa a vida me levar)
Vida leva eu...
Composição: Eri Do Cais / Serginho Meriti
Interprete e Voz: Zeca Pagodinho
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*MEU EIXO*
Na vida, sou mais um predestinado
A carregar relíquias mui sensíveis
Dentro do peito, preso ao próprio fado,
Comigo, nos caminhos invisíveis!
Talvez, um pouco ou nada iluminado,
A trilha no destino dos vencíveis...
Prossigo firme e vejo, encabulado,
Os sonhos juvenis e inacessíveis!
Não deixo a vida me levar no vento
Para curar de vez o meu tormento
No solo consciente enquanto deixo
As provas para trás e o desalento
Repousa no pretérito momento...
Assim, sustento a luta no meu eixo!
Ricardo Camacho
*OLHAR DIVINO*
Confesso, a vida não me deu guarida,
sigo sozinha, à margem do destino,
porém de um jeito simples, cristalino,
vou enfrentando, com louvor, a lida.
Eu já passei horrores nesta vida,
mas encontrei na fé o olhar divino
a me livrar da cruz, do desatino...
mas, hoje, de esperança estou munida.
Meu coração singelo tem nobreza,
pois traz na luz do amor a fortaleza
para quaisquer problemas enfrentar.
Em gratidão a Deus, louvores canto
nos seus abraços adormeço, enquanto,
tranquila, deixo a vida me levar!
Aila Brito
*CONTRASTES
O tempo grisalhou os meus cabelos,
contando cada rasgo da alvorada…
a cor de prata traz a luz e, ao vê-los,
enxergo, em cada fio, a mão da fada.
O tempo carimbou, no rosto, selos
que deixam cada marca bem talhada…
mas trato todas elas com desvelos,
são cúmplices da minha caminhada.
A vida oferta o tempo do plantio
que inclui, também, um tempo hostil de estio
(não deixe que a escassez plante desgastes…)
Portanto, grata sou a cada etapa,
o riso e o choro importam… nada escapa
ao pêndulo da vida de contrastes!
Elvira Drummond
*ESCOLHAS*
Viver alarga a nossa vista estreita,
Mas pede termos bons discernimentos,
Pois não estamos longe (nem isentos)
Da nossa temporada de colheita.
Também concordo: não supõe receita,
Dispensa estilos, moldes, mandamentos.
Mas é preciso sermos mais sedentos
Do bem que, em toda parte, nos espreita.
Fazê-lo não requer nenhum convite;
O ser que estende a mão sem exigir,
Mais próximo do etéreo se permite.
Que seja nosso, sempre, o bom porvir,
Pois mesmo que a matéria nos incite,
Vivemos pelo fim de evoluir.
Guilherme de Freitas
*CONTENÇÃO*
Na cálida manhã de primavera
Levanto-me disposto a não deixar
Que o vento possa a vida me levar
Domando o meu instinto de pantera.
Pois a razão o meu porvir lidera
Mesmo que a sina queira me jogar
Fora da trilha e possa suscitar
Que eu me desfaça do fanal de fera.
Os zéfiros sopraram, fortemente,
Tentando conspurcar a minha mente,
Porém tacitamente me mantenho...
Enfrento os vendavais e seus estragos,
Recebo tais desastres como afagos,
Mas ao tratar de deuses me contenho.
José Rodrigues Filho
*XXI*
A quem pertence a chave do Destino?
Que portas vão se abrir na vasta sala?
Estamos, todos, sob um ser divino,
Ou podem mesmo, os homens, controlá-la?
Se a força dos eventos tudo cala,
Por que sonhar o anseio vespertino?
Ainda tem valor a nossa fala,
Ou somos, meramente, um dançarino?
Que estúrdia cova cinge a humanidade!
Às margens infinitas da ruína,
Parece sempre amar a crueldade...
E a dúvida que segue, na surdina,
Já tange tantos séculos de idade:
Que portas abrirá quem nos domina?
Guilherme de Freitas
*A CORRENTEZA*
Levado pela vida em meu destino,
eu sigo o meu caminho, passo a passo,
e ganho muito mais do que fracasso,
quando, dos desafios, não declino.
Se entrego a Deus meu pranto e meu cansaço,
eu toco, bem tranquilo, o violino.
Eu sempre aprendo mais do que eu ensino
e as rosas com espinhos, eu abraço.
Em meio à tempestade ou leve brisa,
com erros, com acertos ou deslizes,
eu vou na correnteza sem os remos.
Às vezes, não se tem do que precisa,
porém seremos muito mais felizes
se formos gratos pelo que nós temos!
Luciano Dídimo
*VENTOS DO DESTINO*
Navego pelos mares desta vida,
levada pelos ventos do destino;
se vem a brisa mansa, descortino
um lindo amanhecer de tez florida.
Mas, na tormenta, a vida tão dorida
faz que pareça o dia pequenino,
motiva e acende a luz do desatino,
deixando-me tristonha e sem guarida.
Mas agradeço a Deus o desafio,
porque ele me liberta do vazio
e me preenche de resiliência.
E enquanto o vento não estacionar,
eu vou deixando a vida me levar,
provida de esperança e de prudência.
Aila Brito
*INFINITO AMOR*
Contemplo a claridão da aurora e vejo
nas cores deste dia renascido
o quanto é cuidadoso e benfazejo
o amor que me dedica o Pai Querido.
Reflito sobre a lida e, então, no ensejo
de celebrar os bens, agradecido,
descanso o olhar nas nuvens e bradejo
a justa louvação no Seu ouvido.
Tracejo a caminhada, consciente
de ter alguma dor, algum tropeço
nas lutas que surgirem pela frente.
À vida busco dar o pleno apreço
se as graças recebidas de presente
excedem os favores que mereço...
Jerson Brito