As horas passam... A incerteza que angustia
É brasa no inquieto pensamento do bardo...
Cada segundo da espera é como um dardo
De fogo que queima, que arde e asfixia...
O tempo vai, ela não vem.... Acaso o teria
Enganado? Seria a demora retardo
Apenas por gosto do íntimo resguardo?
Ah! Que peça nos prega a mente em fantasia!
Que desencanto, quanta dor, pungente, infinda...
Desiludido o trovador se desespera;
Começa a despertar da ilusão que se finda...
Mas, como em sonhos, tudo muda num repente,
A esperança surge calma e reverbera
Que tanto amor há de durar eternamente!