SONETO À TRISTEZA
Ainda escolho estar só no mesmo banco
Com os olhos marcados pela surra
De tristeza na vida em solavanco
E quiçá seja escolha das mais burra
Porém é num casulo que me tranco
Sem ouvir a razão que ainda sussurra
O quanto é preciso o lírio branco
À alma fria, num remédio bom que esturra
Mas cada um sabe o tempo que se leva
Entre todo momento e tempo algum
Para sair de um dia típico de treva
Pois pouco amor e mais dor é comum
Em um mundo mesquinho que só observa
Enquanto dois não sentem a dor de um