SONETO DE CORPO PRESENTE

Entrando Igreja porta a dentro, Ela...

Sombra suspensa, terna - ave maria!

Pendendo o corpo, suma sentinela,

O próprio Cristo orando parecia.

Caminho de saudades, luz de vela...

Cumprindo a sacrossanta liturgia.

A dor prendendo o choro na goela,

As lágrimas rolando em revelia.

Em que sonho verei o seu sorriso

Novamente, a quebrar o sono eterno?

Suplicando existir um paraíso,

Joelhos dobro, já não me governo .

Dor que parece meu final juízo

- Sua ausência é meu próprio inferno.

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 27/04/2024
Reeditado em 04/05/2024
Código do texto: T8051051
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