SONETO DE CORPO PRESENTE
Entrando Igreja porta a dentro, Ela...
Sombra suspensa, terna - ave maria!
Pendendo o corpo, suma sentinela,
O próprio Cristo orando parecia.
Caminho de saudades, luz de vela...
Cumprindo a sacrossanta liturgia.
A dor prendendo o choro na goela,
As lágrimas rolando em revelia.
Em que sonho verei o seu sorriso
Novamente, a quebrar o sono eterno?
Suplicando existir um paraíso,
Joelhos dobro, já não me governo .
Dor que parece meu final juízo
- Sua ausência é meu próprio inferno.