Será que sabes o que eu sinto agora?
-Saudade! Já sentiste dela o ardor?
Talvez... Mas, o talvez é pó no amor,
Dúvida atroz que a indecisão ancora!
Minha saudade amarga sem pudor,
Um arrepio que não marca hora!
É inquilina que comigo mora,
Num purgatório de raro torpor!
Eu conheço este rito, esta cadência,
E seu final conheço por vivência,
Pois que a incerteza anda aqui comigo!
Mas, dizes tu que esta paixão é pouca...
Não ligue, então, se eu beijar outra boca,
Lembrando os beijos que beijei contigo!