És cancioneira que nunca se gaba,
Fonte de graça e versatilidade,
És cachoeira de amor que desaba
Em cascatas de sensibilidade!
Tu! alma, prenhe de sinceridade,
É facho de luz que nunca se acaba!
És, num só tempo, mortal e deidade,
Nova Erato que o amor sempre afaga!
Tua lira, em verso ou em prosa,
Tem a doçura e o perfume da rosa
Que, ao se abrir, a criação harmoniza!
Por isso eu digo: - Mais do que imagina
Teu formoso coração de menina,
És, de São Paulo, a maior poetisa!