Soneto da Indecisão
No coração do homem arde o fogo,
Em chamas ocultas, a maldade impera,
Sob a luz cruel, a sombra se despega,
E o mundo aflige-se em seu jogo.
Entre escolhas feitas e o desassossego,
O bem e o mal em constante peleja,
Na alma humana, a luta que se trava,
Ecoa o grito da razão e do desejo.
Mas que a chama ardente não consuma
A essência pura que em nós habita,
Que a luz da bondade sempre ressuma.
Que o fogo da alma seja a luz bendita,
E a maldade não seja a voz que resume,
No coração do homem, a sua escrita.