À NOITE

É fim de tarde. Eu contemplo sozinho

todo o vermelhidão do sol poente...

Uma tristeza vem devagarinho

pousar, em mim, em meu olhar plangente.

Ah! logo faz-se noite... E de repente,

as andorinhas vão tornando ao ninho,

e, solitária, nos jardins da frente,

recolhe-se uma rosa entre os espinhos.

As aves, os insetos... Tudo volta,

quando do dia a última luz apaga...

À noite, tudo volta pro seu leito.

Até a saudade a voar, aí, a solta,

e que o dia todo pelo mundo vaga,

à noite, também, volta pro meu peito.

Claudeciano Ferreira
Enviado por Claudeciano Ferreira em 23/04/2024
Reeditado em 23/04/2024
Código do texto: T8048189
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