Já não basta sentir pouco este ser

Já não basta sentir pouco este ser

Pois cá, na dura pele, ardentemente,

Derrete-se uma alma inconsequente

O etéreo, esta carne faz viver

Ó, que mal me faz este não saber

A esperança, tão antes suficiente,

Torna-se insegurança em torrente

E o etéreo, esta carne faz morrer

Porém o rubro laço que nos ata

Envolve-se ao pescoço com firmeza

E pesa-me em deleite que me mata

Minha alma tecida em tacanheza

No teu silêncio torna-se sonata

E surge, neste nada, sua alteza